quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Do Infantário à Faculdade


 Fui procurar a primeira foto publicada aqui, no Mãe... e muito mais, do primeiro dia de escola da Letícia, com 5 anos, e pela primeira vez no Infantário, para a juntar com a foto da última vez que entrou na Faculdade como aluna. Fim de um ciclo. 

Entusiasta desde o primeiro dia, responsável e muito senhora de si. Não foi um caminho fácil, encontrou desafios que me ultrapassaram enquanto mãe e protectora, porque me pedia para ser ela a resolvê-los. Ainda hoje me pergunto se fiz bem em respeitar todos os pedidos. Ela continua a dizer que sim, que era o caminho dela, e todos os episódios fizeram parte do seu crescimento. O certo é que se tornou num ser humano de alto valor. 

Acompanhar estes últimos 5 anos de Faculdade, num curso que é considerado o mais trabalhoso e exigente (aliás, no início do verão foi transmitido na RTP uma peça que incluía as Faculdades de  Arquitectura do Porto, Coimbra e Lisboa e só então os familiares e amigos tiveram real noção de tudo o que a Letícia passou), foi frequentemente penoso, porém ela fê-lo entre os melhores, de diversas e marcantes formas. 

Assistir à defesa da tese da Letícia, vendo-a tão centrada no seu trabalho, de aparência tranquila e equilibrada, encheu-me de orgulho. 

Bem sei que outros desafios se avizinham. Mas agora saboreamos os frutos recolhidos, a doçura do sucesso vindo do trabalho e empenho.

E a Letícia uma merecida pausa, para ganhar folego para o próxima etapa.


quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Tempo É Dinheiro

Entre 2 orçamentos para fazer uma cabeceira de cama optei pelo mais económico, dado que até já conhecia o trabalho desse estofador, porém, ao chegar à data de entrega combinada, ainda não tinha feito o trabalho, e adiou para mais duas semanas, ao fim das quais voltou a falhar, e adiou mais uma, e nessa também não cumpriu o prazo. Cancelei o trabalho com ele e voltei ao sítio que cobrava mais 50€, que me deu um prazo de 4 semanas. Na data a entrega foi feita.  

Por vezes não compensa, realmente, esperar pelo mais barato, e mais vale pagar pelo compromisso sério. 

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Somos Naturalmente Empáticos, excepto se...


Nunca tudo me faz sentido, naquilo que ouço ou leio, mas quase sempre há algo que aprendo no meio disso. Este vídeo, ao minuto 10 relata uma experiência que me maravilhou. 


Há uma experiencia que se fez com ratos, em que se colocava um dentro de uma jaula e outro ficava livre com comida, a ideia era comprovar a ideia Darwiana, em que os animais só procuram o benefício próprio, e portanto o rato livre iria comer e partir; o que se verificou foi que quando o rato livre descobria o botão libertava sempre, o rato preso, e deixava-lhe comida. A explicação é: Se os ratos têm neurónios-espelho (isso faz sentir em nós o que nos apercebemos no outro), sente a aflição do que está preso, isto é - empatia! Portanto, o rato stressado que está preso está a provocar stress ao que está livre; com os neurónios-espelho está a perceber toda a tensão que vive o enjaulado. Ou seja, a empatia é algo biológico, não é racional.  

Então, o rato livre sabe que para se acalmar tem que acalmar o outro, e que a comida é um calmante. 

A outra opção para não sofrer é sair dali, já não vê, e portanto já não sofre, porém, isso só acontece quando nesta experiencia dão ansiolíticos ao rato livre, que nessa condição, come todo o alimento e vai embora. Porque o ansiolítico elimina a empatia. 

Estando numa época de consumo exacerbado de ansiolíticos que são receitados despudoradamente pelos médicos, para tudo e mais alguma coisa, é fácil de perceber porque anda a humanidade alheada e indiferente ao seu irmão. 

Parece-me que esta experiência deveria ser amplamente divulgada e objecto de reflexão!  

( Na eventualidade do vídeo não funcionar, está aqui: 

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

A Terra que Arde

Dizem que metade da Península Ibérica está a arder; não se aguenta tantos relatos e vídeos que testemunham quem está a sofrer com a perda dos animais, das casas, dos campos, dos pastos, da maquinaria, do trabalho de toda a vida, das mortes e dos feridos destes incêndios. É de cortar o coração assistir ao desespero dos que estão em perigo, ou que passaram por tudo isso. O reino animal, vegetal e mineral sucumbe. 

Quem está no campo, que vive nele e dele sabe onde estão os erros administrativos, como se fazia antes com os corta-fogos e outras estratégias preventivas e reactivas, que os burocratas de gabinete já não implementam, nem permitem que o povo as use. 

O povo que sofre está indignado, assustado, praticamente destruído, clamando por ajuda que não chega. Espanhóis e portugueses. 

Estranhamente, este verão por onde vivo não tem havido incêndios, apesar dos inúmeros fogos não cheira a queimado nem o vento tem trazido faúlhas como acontece. Aqui, por onde vivo, as terras não são raras.

Estou de alma e coração com todos eles; que Deus os ajude porque está visto que só Ele pode. 

terça-feira, 29 de julho de 2025

Dica de Leitura - Below Stairs

"Quem gostou de Downtown Abbey ou Upstair Down Stairs irá saborear estas memórias exuberantes", e foi com este anúncio que a minha atenção foi captada, e comprei o livro. Contudo, após a leitura concluí que não é exactamente assim.

Margaret Powell, 1907-1984, foi um escritora inglesa que com este primeiro livro, imediato best-seller, se converteu numa personalidade televisiva, e autora de outros livros. 
 
Eu sabia que era o livro de memórias de uma serviçal inglesa, no início do século XX, logo, que não narraria uma vida glamorosa, mas pensei que teria a perspectiva agora de alguém que está nos bastidores de uma casa senhorial, como a de Downtown Abbey, e em simultâneo partilharia a visão desses que vivem na sombra das grandes famílias, sobre eles próprios e seus empregadores. E foi efectivamente assim, foi descrito como viviam os privilegiados, e como viviam os menos afortunados, com mais detalhe ainda, porém, devido ao saltitar constante desta senhora, que no direito dela foi procurando sempre um melhor salário e melhores condições, nunca ficou muito tempo nessas casas, e não teve tempo para se entrosar na intimidade das famílias para as quais trabalhava. É por isso um relato bastante superficial. 

Além disto, a escrita é própria de alguém sem grande instrução, bastante básica, pouco emotiva, limitando-se muito a factos, como se contasse notícias. 
Portanto, era alguém que gostava de ler ( louvável, mas isso não basta, é preciso fazer leituras de qualidade, para aprender e evoluir), e tinha qualidades pessoais de valor, como o empreendedorismo, a audácia, a inteligência de aprender por si, e evoluir, cujos aprendizagens transportou para a sua vida privada, marcando assim um melhor destino para si, a sua família. 

Em suma, é uma leitura leve, daquelas que se fazem rapidamente e recomendada para quem ainda não conhece os bastidores das grandes famílias inglesas. 

Título: Below Stairs
Autora: Margaret Powell
Editora: Pan Books
Nr de Págs: 210
 

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Bolo Esponja com Lemon curd

 


Queria um bolo suficientemente grande para um lanche de cerca de 10 pessoas, e este é, só precisou de um upgrade para lhe dar aquela frescura de verão, e um visual apelativo. 

Já tinha feito o lemon curd no dia anterior, o que aconselho, é menos uma etapa, e fica mais firme; a receita que faço é do canal La dolce Rita, no YT. 

Bolo Esponja Com Lemon Curd e Chantilly

Ingredientes:

450 gr de farinha
420 gr de açúcar
6 ovos
200 ml de água a ferver
3 c. chá de fermento
1 c. chá baunilha em pó

Como fazer: 
Separar as claras das gemas. Bater as claras em castelo. Num recipiente à parte, bater as gemas levemente e juntar o açúcar. Bater com a velocidade mais alta da batedeira até ficar um creme claro (+|- 10 min). Na velocidade média, juntar a baunilha e depois a água a ferver em fio batendo sempre (estava cheia de medo de fazer ovos mexidos mas acabou por correr bem). Quando estiver bem misturado, juntar a farinha peneirada com o fermento e misturar com uma colher de pau. Juntar depois as claras batidas em castelo. Envolver delicadamente e despejar numa forma untada com margarina e polvilhada com farinha. Levar ao forno a 180ºC até começar a ficar douradinho por cima (fazer o teste do palito).

Depois de frio recheei com o lemon curd, cobri com chantilly ( o Aldi tem natas bio que me fazem lembrar o chantilly da Leitaria da Quinta do Paço), e a Letícia decorou com alguns frutos vermelhos; se soubesse que os frutos vermelhos iriam ser tão cobiçados tínhamos posto uma montanha deles, mas não ficava tão bonito, pois não? 


A receita do bolo veio do Mãos de Manteiga - aqui.